Apple é acusada de enganar consumidores com alegações de “carbono neutro”

A Apple está sendo processada nos Estados Unidos sob a acusação de deturpar o impacto ambiental do Apple Watch Series 9, SE e Ultra 2, ao afirmar que esses modelos são “carbono neutro”. O processo foi aberto no Tribunal Distrital do Norte da Califórnia e alega que a empresa depende de projetos de compensação de carbono ineficazes, que não resultam em reduções reais de emissões.

O processo aponta dois projetos específicos usados pela Apple para sustentar sua neutralidade de carbono: Chyulu Hills, no Quênia e Guinan, na China

Segundo os autores da ação, essas áreas já eram protegidas ou altamente florestadas antes do envolvimento da Apple. Ou seja, a empresa não estaria contribuindo para uma redução adicional de carbono, tornando suas alegações enganosas e falsas.

Os demandantes afirmam que, caso soubessem da real situação, não teriam comprado os dispositivos ou teriam pago menos por eles.

A Apple lançou seus primeiros Apple Watch “carbono neutro” em setembro de 2023, destacando seu compromisso ambiental e estampando um selo verde de carbono neutro nas embalagens. Além disso, a empresa prometeu que toda a sua operação será carbono neutro até 2030.

No entanto, o processo cita um estudo da National Retail Federation e IBM, que mostra que 70% dos consumidores nos EUA e Canadá consideram a sustentabilidade ambiental um fator importante na decisão de compra. Assim, as alegações da Apple podem ter influenciado diretamente suas vendas.

Os autores do processo buscam indenizações não especificadas e uma liminar para impedir a Apple de promover os modelos Apple Watch Series 9, SE e Ultra 2 como carbono neutro. A empresa ainda não comentou o caso.

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