As novas tarifas de importação impostas pelo presidente Donald Trump já estão em vigor nos Estados Unidos, e uma das grandes dúvidas do momento é: como isso vai afetar os preços dos produtos da Apple, como o iPhone?
De acordo com o analista Jeff Pu, da GF Securities, a Apple deverá adotar uma estratégia mais moderada do que muitos imaginam — absorvendo boa parte dos custos extras, mas ainda assim realizando reajustes de preços.
Preço do iPhone pode subir de 3% a 19% nos EUA
No relatório divulgado por Pu, o especialista aponta dois cenários mais prováveis na resposta da Apple:
- Aumento global de preços entre 3% e 6% para compensar parte dos custos extras com as tarifas.
- Reajuste mais agressivo de preços no mercado americano, variando de 10% a 19%.
Segundo o analista, a primeira opção parece mais viável, já que um aumento muito elevado nos EUA poderia gerar rejeição dos consumidores, ainda mais em um mercado já considerado desafiador.
Apple deve absorver a maior parte dos custos das tarifas
Jeff Pu explica que a Apple dificilmente conseguirá repassar seus custos para as parceiras da cadeia de produção, já que a margem de lucro dessas empresas já é bastante apertada.
Por isso, a expectativa é que a Apple absorva a maior parte dos impactos financeiros das tarifas — ao menos no curto prazo — para preservar sua base de clientes e manter a competitividade do iPhone e de outros produtos.
Demanda do iPhone enfrenta desafios extras
Outro fator que pode limitar os reajustes de preço é o momento atual do mercado. A Apple enfrenta certa dificuldade de demanda, em parte pela demora na liberação dos novos recursos de inteligência artificial da Siri, o que teria esfriado o interesse dos consumidores.
Ainda assim, o consumidor americano deve se preparar para um aumento de preços nos próximos meses — mesmo que menor do que o esperado inicialmente.